top of page
Por Simplesmente Rosa

Segredos da Ilha – 6º Episódio/ Estranhos acontecimentos e a voz da consciência...

Então o Dr. Matt levantou-se de um salto e aproximou-se de Santos, ajoelhando ao lado dele. Quando tornou a erguer a cabeça, seus olhos tinham uma expressão atônita. — Meu Deus! Está morto!







Os outros não compreenderam logo. Como assim? Que está dizendo? Perguntavam incrédulos.









Morto? Morto? Mas ele estava ótimo ainda pouco se empanturrando de sobremesa e bebendo. Ninguém saudável morre assim, engasgando-se com uma dose vinho...








Não podiam entender isso, não. O Dr. Matt Brandon estudava o rosto do morto. Farejou os lábios roxos e contorcidos, depois apanhou o copo em que Santos bebera.








— Morto? — disse o delegado Lucas RS. — Quer dizer que este rapaz simplesmente se engasgou e... morreu? — Nunca ouvi dizer que um homem morresse desse jeito... engasgando-se, sem mais nem menos!








— Ele morreu de asfixia, sem a menor duvida. Estava agora a cheirar o copo com um olhar estranho.







Pastor Jack Cebolli interpôs numa voz clara e calma: — "Em plena vida nos achamos na morte. Viemos do pó e ao pó tornaremos”.








O Dr. Matt ergueu-se e falou bruscamente: — Não, um homem não morre de simples engasgamento. A morte de Santos Madruga não foi o que chamamos uma morte natural.









— Havia... alguma coisa... no vinho? — perguntou Douglas Gordon com cautela.








Dr. Matt sacudiu a cabeça. — Sim. Não posso dizer exatamente o que é. Tudo indica que foi envenenado!









— Estava no copo dele? — perguntou vivamente o juiz.









— Estava. O doutor caminhou até a mesa onde se achavam as bebidas. Tirou a rolha da garrafa de vinho, cheirou-a e provou-a. Depois provou os sucos. Abanou a cabeça. — Não têm nada.








— Quer dizer, então que... ele próprio pôs o veneno no seu copo? — perguntou Danilo Marroni.










Dr. Matt fez um gesto afirmativo, com um ar curiosamente insatisfeito, e disse: — É o que parece.







— Suicídio, hem? — interveio Douglas Gordon. — Coisa bem esquisita.







Angel falou lentamente: — Ninguém pensaria que ele quisesse matar-se. Tinha tanta vida! Quando desceu a ladeira no seu carro, esta tarde, parecia... parecia... Oh! Não posso explicar.




Mas os outros sabiam o que ela queria dizer. Santos Madruga, cheio de vida e agora estava morto, pegando a todos de surpresa.













— Há alguma outra possibilidade além do suicídio? — perguntou o Danilo Marroni.







Lentamente, todos abanaram a cabeça. Não podia haver outra explicação. As bebidas estavam intactas. Todos tinham visto Santos Madruga caminhar para a mesa e servir-se. Se havia veneno na bebida, devia ter sido posto ali pelo próprio Santos.







— Olhe doutor, isso não me parece certo — disse Douglas Gordon, pensativo. — Eu não diria que o tal Santos Madruga fosse um tipo suicida.









— Concordo — respondeu Dr. Matt um tanto evasivo...










Após Douglas Gordon e Danilo Marroni levar o corpo de Santos para um dos quarto e cobri-lo com um lençol voltaram para a sala onde todos ainda estavam reunidos. Ainda atônitos, decidiram que o melhor seria dormir e aguardarem a chegada da lancha para se retirar da Ilha o quanto antes, as férias acabaram.





Talles ainda não tinha terminados de recolher a louça e Pastor Jack Cebolli sugeriu que o pobre homem também deveria repousar e terminar o serviço em outro dia. Doutor Matt perguntou pela senhora Atena Gontijo. - Meu mozinho está muito bem, continua dormindo como um anjo migo!









Que ótimo, não a perturbe e olhou de uma forma sinistra o pobre serviçal.









Todos se despedem de Talles e vão para seus respectivos. Talles resolve terminar de tirar a louça e nota uma coisa estranha... – Pensei que havia dez caboclinhos nesta bandeja, só tem nove?


Acho que contei errado e sorriu estranhamente... (Muitos KKs caps look em pensamento).

Em suas camas a consciência trouxe de volta nas mentes de cada um lembranças referentes às acusações, para muitos aquela noite seria longa...


O Juiz João Luis preparou- se para deitar. Pensava em Edivo Macedo.

Tinha uma boa aparência, uma boa conversa e foi isto que comoveu os jurados. Aquele Bob advogado era muito eficiente, foi brilhante, causou uma boa impressão no júri, ao contrário do estúpido promotor Bruce SBTista.

Mas o crime da pobre Dona Clotilde, não poderia ficar impune. Tive que fazer os jurados ver as provas concretas e não se deixar dominar pelas emoções.







Bob o advogado, estava certo da vitória, não esqueço a cara de frustração que ele fez quando saiu o veredito...









Fui implacável sim, mas não posso ser considerado criminoso por isso... Não quero mais pensar neste assunto, bebe água, apaga luz e dorme tranquilamente.







O delegado virava-se de um lado para outro na cama, não podia conciliar o sono. Continuava a ver, no escuro, o rosto de Davi Allen. Tinha gostado de Davi, um jovem com um futuro promissor pela frente, gostava dele como um filho. Abriu as portas de sua casa para ele em um natal, um jovem sem família e solitário não poderia passar o natal sozinho... Havia estimado muitíssimo o Davi Allen, não só ele como Paola Bracho.


Como poderia imaginar que sua mulher e Davi se tornariam amantes traindo sua confiança?


Não quero nem lembrar o que senti quando descobri tudo... Porque tinha que relembrar isto agora... Fingiu que não sabia de nada... Os vizinhos cochichando quando ele passava tudo tinha ficado claro.

Então friamente mandou Davi a paisana para uma missão na Favela Redonda, e fez uma ligação anônima para um delinquente da Comunidade. Davi foi pego e queimado vivo nos pneus, isso ele não imaginava que fosse acontecer e chorava ao se lembrar... Depois veio o remorso que o acompanha até hoje. Além disso, tinha quase certeza que Leican tinha desconfiado, uma vez até sentiu um tipo de chantagem.


Paola quando soube, ficou triste, mas nunca me disse nada, ela deve ter desconfiado, começou agir diferente, até que um dia foi embora, deixando o completamente arrasado. Meses depois soube de sua morte em um acidente de moto.


Agora esta acusação, nem mesmo o tal pastor escapou, ele parece tão tranquilo, religioso... Porque foi acusado daquela forma?





Quando poderemos ver esta ilha pelas costas? Amanhã, naturalmente, quando viesse à lancha. Engraçado, mas precisamente nesse instante ele não sentia grande desejo de sair da ilha...Voltar para a terra firme, para a sua casinha, enfrentar novamente todos os incômodos e ansiedades. Pela janela aberta, podia ouvir as ondas baterem contra os rochedos... agora um pouco mais alto do que ao cair da noite. O vento começava a soprar mais forte, também. "Som tranquilo... Lugar tranquilo...", pensou ele. "O que uma ilha tem de melhor é que quando se chega... não se pode ir mais longe... alcançou-se o fim das coisas." De súbito, o delegado compreendeu que não desejava mais sair da ilha.


Angel acordada na sua cama, a olhava para o teto. A luz estava acesa, pois tinha medo da escuridão.




"Guilherme... Guilherme...", pensava. Se apaixonara por Guilherme desde o primeiro dia que começou trabalhar na casa da família O’Donnell. Guilherme era o filho adotivo do primeiro casamento do Senhor Daniel O’Donnell por insistência da esposa deste, com a morte dela, Guilherme fora tratado de maneira fria. Magnus era o caçula filho de Nica a atual esposa.


Magnus era uma criança muito fofa, brincava sem dar o menor trabalho, por isto tinha tempo para encontrar-se com Guilherme.


Guilherme tinha dito que era o herdeiro da fortuna da família O’Donnell, mas com o nascimento de Magnus, os planos haviam mudado, seu pai já havia deixado bem claro, por isto não poderiam casar-se.


Angel agora se lembrava da praia, o barulho das ondas... Magnus queria entrar no mar, ela sabia que não poderia deixar mas....

Magnus, sempre a choramingar, a puxar-lhe da mão.

— Eu quero nadar Angel. Por que não posso nadar? E olhava com aqueles olhinhos tão inocentes.







Alçava os olhos... encontrava os olhos de Guilherme a observá-la. Até que... Não queria pensar mais... Teve um arrepio ao lembrar-se do rosto arroxeado e olhos arregalados de Santos.


Começou a recitar o poema mentalmente: “- Dez Caboclinhos vão jantar enquanto não chove; Um deles se engasgou, e então ficaram nove...”.


Mas ela não morreria, a morte era para... os outros...









O Dr. Matt sonhava...

Fazia muito calor na sala de operações... Suava muito e suas mãos estavam escorregadias. Era difícil segurar o bisturi com firmeza... Que magnífico fio tinha o instrumento... Fácil cometer um assassinato com uma faca daquelas. E, naturalmente, o que estava fazendo era um assassinato...



Olhava o rosto da jovem inerte e sem vida e lembrara-se do diagnóstico, apendicite e precisaria de uma cirurgia.

Rosa tinha ficado assustada, só sentira uma dorzinha simples, mas a mãe Júlia (Pere... no ....) insistiu, disse que em poucos dias estaria recuperada.


Rosa não queria fazer a cirurgia, tinha que estudar para o ENEM

que se aproximava. Mas diante de tanta insistência de sua mãe, aceitou fazer a cirurgia e deu um lindo sorriso para sua mãe antes de entrar na Sala de cirurgia.



Pastor Jack Cebolli, naturalmente. Era Jack Cebolli que ele tinha de matar. O que ele disse mesmo... “Em plena vida nos encontramos na morte...”.




Na sala de cirurgia ele continuava tenso, tentaram reanimar Rosa, mas não foi possível... Júlia P no C a mãe, ficou furiosa, chorava e esbravejava furiosa jurando vingança...





O Dr. Matt Brandon acordou com um sobressalto. Era de manhã... Alguém, inclinado sobre ele, sacudia-o.

— Doutor... Doutor! Acorde!







Obs.: A morte/as mortes e desfechos

seguem a sinopse original.

Mais surpresas no próximo episódio.

Obrigada a todos que estão acompanhando e comentando!

🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹


Post's recentes

Prezamos pela liberdade de todos opinarem. Para isso, o bom senso em trocar ideias sempre é importante ao interargirmos aqui! Não ficaremos felizes se tivermos que bloquear alguém que não entenda isso.

bottom of page