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Douglas Nascimento

Sociedade em Foco - Especial (retrô)


Sejam todos bem-vindos, queridos leitores. Este é o último Sociedade do ano de 2015, e eu preparei uma coluna mais que especial para vocês. Desde a estreia, você se deparou com minhas opiniões a respeito de alguns assuntos polêmicos envolvendo temas políticos. Hoje, separei 5 temas que marcaram a corrida política no ano, que serão comentados, cada um deles, por um dos integrantes do Recreio.


Para começar, vamos falar sobre corrupção.


Esse com certeza foi um dos temas mais polêmicos do ano. Com vários escândalos acontecendo perante nossos olhos, o judiciário fez o seu papel, com investigações como a Lava Jato. Nisso, vários nomes envolvidos em tais escândalos vieram a ser de conhecimento do grande público. Para manchar ainda mais a imagem de nosso Congresso, os líderes tanto da Câmara, como do Senado, tiveram seus nomes divulgados na lista de corruptos. Se não bastasse isso, um senador – Delcídio do Amaral – foi preso pela primeira vez em pleno exercício de mandato no Brasil.


Comentando sobre o tema, Matheus Dias:


Apesar da vergonha de termos tantos políticos corruptos, devemos nos orgulhar dessa atitude do judiciário em divulgar a lista de envolvidos nesses escândalos, e por prender esses safados que tanto envergonham nosso país. Bandido tem que estar na cadeia pagando pelos seus atos ilícitos, independente de sua classe social. Que o nosso judiciário continue realizando seu o papel e que esse câncer chamado "corrupção" venha a ser combatido com uma força cada vez maior. É que espero!


Em meio a tudo isso, o TCU reprovou as contas do governo Dilma...


Apesar de todos os esforços feitos pela presidente e pela ala governista, o Tribunal de Contas da União não aprovou as contas do governo que correspondiam ao ano de 2014. A reprovação, que não acontecia desde o governo de Getúlio Vargas, aconteceu baseada na Lei de Responsabilidade Fiscal, que proíbe as chamadas “pedaladas” praticadas pelo governo no fim do ano eleitoral, a fim de cumprir a meta fiscal para o ano em questão. Tal reprovação ainda daria bastante dor de cabeça para o governo no futuro.



Comentando sobre o tema, Magnus:


A atitude de rejeitar as contas da presidente foi correta. O governo desrespeitou a Lei de Responsabilidade Fiscal, e o TCU não poderia fazer vista grossa em relação a isso.




O povo cansa de tanta palhaçada, e vai às ruas


Mediante aos inúmeros escândalos de corrupção, e também a respeito das “pedaladas fiscais” praticadas pelo governo em 2014, o povo brasileiro foi às ruas gritar a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Segundo dados oficiais, só em março, 2,4 milhões de pessoas saíram de suas casas para protestar contra o governo e contra a corrupção. Inconformados com o atual sistema de governo do Brasil – totalmente aberto à corrupção -, alguns pediam a volta da Monarquia Parlamentarista no Brasil. Outros, mais radicais, chegaram a pedir uma Intervenção Militar Constitucional.


Comentando sobre o tema, Simplesmente Rosa:


Manifestações e protestos trouxeram muitas conquistas ao longo da história. Acho muito importante que o povo se manifeste nas ruas, mas também é necessário uma conscientização maior em relação ao que acontece na política. Devemos ficar atentos sempre, não apenas em momentos aleatórios. Sem contar que muitos vão apenas para estarem inseridos em um grupo, fazer selfies e/ou aparecer na TV. Muitos artistas usam estas manifestações para se promoverem fingindo estarem ao lado do povo, o “Fenômeno” é um exemplo.


E que comece a disputa, impeachment em pauta


Em 2015, vários pedidos pelo impeachment da presidente Dilma foram enviados para o presidente da Câmara. “Traído” pelo governo e denunciado por corrupção, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) aceitou o pedido enviado pelo jurista Hélio Bicudo e companheiros que clamavam pelo impedimento da presidente. Conhecendo todas as artimanhas utilizadas pelo governo em suas maracutaias políticas, Cunha conseguiu abalar a ala governista ao aprovar uma chapa pró-impeachment na Câmara. O STF, rasgando a Constituição e praticamente dieclarandodo que o impeachment de Collor foi inválido, conseguiu reverter a situação. O processo prossegue, mas há quem ache quase impossível que se chegue a um impedimento de Dilma.


Comentando sobre o tema, Danilo Marroni:


Inconformado. Esse é o sentimento que o brasileiro guarda diante de um Governo tão escandaloso, corrupto e inábil. Nossa economia é fragilizada, e ainda assim vemos a Petrobras, que é uma das maiores empresas estatais e patrimônio nacional, sendo vítima de um rombo de bilhões de reais. Absurdo! A impunidade e privilégios rolam à soltas, a lentidão dos processos também é um obstáculo na nossa Justiça. E o dinheiro, cadê? Os bilhões não foram devolvidos aos cofres públicos.


Nossa presidente parece estar no poder simbolicamente para representar o País... E só. Gestão prática competentemente como uma representante de uma república está longe de ser uma realidade. Aliás, “estocar vento” e “saudação à mandioca” não é digno de uma interlocução de alguém que está em tal poder. Pura e simplesmente ridículo.


Manifestações foram feitas. Mas isso não basta! Uma revolta nacional em prol de uma Reforma Política se vê como uma salvação. Não qualquer tipo de intervenção militar, isso jamais, até porque não fomos às ruas um dia pedindo liberdade para outrora pedirmos aprisionamento de nossas ideias.

Impeachment? Não apenas um desejo, mas uma necessidade.


"Verba volant scripta manent"


Em meio a um possível impeachment, até o PMDB – conhecido por mamar nas tetas de quem está no poder – resolveu dar trabalho para o governo. O vice-presidente da República, Michel Temer, por meio de uma carta pessoal à presidente, demonstrou seu descontentamento. Segundo Temer, em todos os anos de governo, ele não passou de um vice decorativo. O “rompimento” de Temer no governo dividiu o partido, o que aumentou em bom número a ala pró-impeachment na Câmara. A divisão foi tão grande que os integrantes do partido chegaram até a conseguir mudar o líder do partido na Câmara, que depois conseguiu reverter a decisão.


Comentando sobre o tema, Jackson:


A carta do Temer foi algo patético, digno de brincadeira do Pânico... tinha até uma lista de insatisfações! Se falassem que foi plantada pela mídia, talvez até acreditaria, mas o próprio vice-presidente assumiu que a carta foi de sua autoria e, sendo assim, obviamente foi divulgada à imprensa de propósito pelo PMDB. Falando no partido, ele está rachado com membros pró e contra a aliança com o PT. Ficou transparente essa divisão nos comentários sobre a carta: uns defenderam que era apenas um pedido de mais participação no governo por parte do vice-presidente, e outros disseram que era um sinal de rompimento com a presidente.

Mas ao contrário do que pode parecer a primeira vista, o PMDB não está preocupado com a Dilma e o PT em si, e sim com a presidência. Temer deixou claro na carta que gostaria de mais "poder", que já representou muito na política no passado e agora é apenas "decorativo", expondo o evidente interesse do PMDB, que só não apoia em totalidade o impeachment, porque não tem certeza se esse processo tirará o PT da presidência.


Assim, a carta é ambígua, pois pode ser usada como razão da quebra da aliança PT-PMDB ou como fortalecimento da mesma (sob o argumento de que mesmo com todas as insatisfações do vice-presidente, ele continuou apoiando Dilma), tudo depende do futuro. O fato é que o PMDB é aquele partido Coringa de que pode se esperar tudo.


Para finalizar, alguns tópicos sobre outros assuntos que foram destaque na política nacional e internacional.


Onda conservadora 1


Com o Congresso maais conservador desde o Governo Militar, uma onda verde e amarelo começou a ganhar forma no país. Contrários aos ideais de esquerda que estão sendo implantados no Brasil, a união de uma ala de direita foi fundamental para o início das manifestações contra o governo.


Onda conservadora 2


Não é só no Brasil que a esquerda está em um momento ruim. Outros países da América Latina como a Argentina e a Venezuela abriram mão de governos populistas e elegeram no final do ano oposicionistas, de direita.


“Allah Hu Akbar”


Integrantes de grupos terroristas como o Estado islâmico meteram o terror geral em 2015. O caso de maior repercussão ocorreu na França, com uma série de atentados que comoveram o mundo e foram destaque na mídia internacional. O destaque foi tamanho que revoltou alguns brasileiros, descontentes com a cobertura de uma tragédia ocorrida em Mariana (MG).


Os dois lados da migração


A migração de refugiados sírios para a Europa, acentuada em 2015, é um tema que divide opiniões. O tema voltou a ser mais discutido com os ataques terroristas à França – defensora do movimento migratório. Há quem alegue que terroristas estão sendo infiltrados entre os refugiados. O próprio EI já chegou a divulgar tal informação publicamente.


“Um anão da diplomacia”


A frase foi dita por representantes israelenses no ano passado, mas cabe bem ao momento atual. Novamente, o Brasil dificulta relações diplomáticas com Israel. A presidente resiste em aceitar a nomeação do novo embaixador indicado por Israel. O país ameaçou reaçãoe promete não deixar barato.


Enquanto isso...


O Brasil permaneceu calado por todo o ano perante ao abuso praticado pelas ditaduras vizinhas na América Latina aos opositores dos regimes populistas de esquerda.


Se você quiser ver uma retrospectiva não apenas política, mas dos principais fatos que marcaram o ano de 2015, clique aqui.


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Gostaria de aproveitar o espaço para desejar a todos os leitores boas festas, e um ótimo 2016. Que nosso povo lute e ore por um país e um mundo melhor, e que cada um faça sua parte.


“Feliz é a nação em que Deus é o Senhor”

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