São Paulo, cosmopolita aniversariando
Era o dia 25 de janeiro de 1554, os jesuítas (dentre os quais estavam o padre José de Anchieta e Manoel da Nóbrega), depois de subir a serra, decidem construir um colégio onde, além de alfabetizar, também catequizariam índios, no alto de uma colina na região de Piratininga. A cidade de São Paulo cresceu ao redor do colégio.
Quase cinco séculos depois, o povoado de Piratininga se transformou numa cidade de quase 12 milhões de habitantes. Daqueles tempos, restam apenas as fundações da construção feita pelos padres e índios no Pateo do Collegio.
"Ouviram do Ipiranga as margens plácidas". A independência do Brasil foi proclamada por D. Pedro I, em solo paulistano, no dia 7 de setembro de 1822.
Torna-se um importante centro econômico com a expansão da cafeicultura no final do século XIX. Imigrantes chegaram dos quatro cantos do mundo para trabalhar nas lavouras e, mais tarde, no crescente parque industrial da cidade. Mais da metade dos habitantes da cidade, em meados da década de 1890, era formada por imigrantes.
No início dos anos 1930, a elite do Estado de São Paulo entrou em choque com o governo federal na cidade paulistana. O resultado foi a Revolução Constitucionalista de 1932, os paulistas exigiam do governo de Getúlio Vargas a elaboração de uma nova constituição e a convocação de eleições para presidente. Os fazendeiros paulistas, que perderam o poder após o golpe de estado, eram os mais insatisfeitos, mas estudantes, empresários e profissionais liberais também abraçaram a causa.
Os cartazes ao lado foram feitos pelo grupo MMDC, nome criado em alusão aos estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, mortos por policiais numa das manifestações. A sigla, aliás, transformou-se também num dos ícones da revolução. Os combates duraram três semanas e São Paulo saiu derrotado. Dia 9 de julho (data do estopim) virou feriado estadual.
Nas décadas de 40 e 50, a indústria se torna o principal motor econômico da cidade. A necessidade de mais mão-de-obra nessas duas frentes trouxe brasileiros de vários Estados, principalmente do nordeste do país.
A partir da década de 60, São Paulo torna-se o principal pólo econômico e a maior cidade da América do Sul.
Na década de 1970, o setor de serviços ganhou maior destaque na economia paulistana. As indústrias migraram para municípios da Grande São Paulo, como o chamado ABCD (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Diadema).
Nas décadas posteriores São Paulo teve um crescimento desordenado, o que faz a cidade ter uma população enorme atualmente dobrando em 2015 o número de habitantes que tinha em 1970.
A cidade é referência brasileira em diversos segmentos como moda com São Paulo Fashion Week; gastronomia com restaurantes e bares famosos; cultura com cinemas, teatros e museus; esporte com três dos maiores clubes do Brasil localizados na capital paulista (Corinthians, Palmeiras e São Paulo) e lazer em geral com tudo que foi citado acima mais a soma de parques, lugares históricos, centros religiosos, shoppings e eventos culturais como carnaval e shows.
A capital paulista é o centro financeiro da América Latina e por isso ainda recebe de braços abertos brasileiros e estrangeiros que trabalham e vivem na cidade de São Paulo, em um ambiente de tolerância e respeito à diversidade de credos, etnias, orientações sexuais e tribos.
Enfim, parabéns São Paulo, séculos de história e tradições!
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