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Attílio Riccó escreve seu nome na história da televisão brasileira


De uns anos pra cá ao ligar a TV ouço um clamor bem lá no fundo do aparelho, então troco de canal e continua o mesmo apelo e só pára quando mudo para a TV fechada( e olha lá...) ou vou pra aquela conceituada empresa de serviço sob demanda. E essa voz da TV clama da seguinte forma: "Chamem alguém lá em Portugal para redescobrir esse lugar......". E agora? Fui pesquisar e então achei Boni, Luciano Callegari, Hélio Vargas e a TV dizia: "Esses já estão aqui e só precisam encontrar seu 'mundo' que foi perdido ou lhe tiraram, quero aquele que está nas terras lusitanas!


Então descobri que esse desbravador atende pelo nome de Attílio Riccó que dirigiu várias novelas de sucesso no Brasil como: A Viagem( 1975 ), Os Imigrantes, Amor Com Amor Se Paga, Hipertensão, Vidas Cruzadas, etc. Também foi diretor artístico da saudosa Manchete já no auge do canal que exibia o fenômeno 'Pantanal' e os tokusatsus Jaspion, Flashman, Jiraya, Jiban, Black Kamen Rider, etc. Começou na TV Tupi e parou na Record até ir para Portugal expandir seu talento; e no canal dos bispos reativou o núcleo de teledramaduturgia com a minissérie 'A Filha do Demônio' em 1997.


Attílio vestia a camisa da Record que só faltava ter lá escrito a frase - 'Eu sou a Universal' pois nas primeiras produções do canal( sendo já propriedade de Edir Macedo ), a Record já divulgava e promovia a IURD nas tramas como: Direito de Vencer, Uma Janela Para O Céu, Velas de Sangue, A Sétima Bala e Alma de Pedra( de Vivian de Oliveira ). Também dirigiu Canoa do Bagre, Olho da Terra, Por Amor e Ódio, Marcas da Paixão e Vidas Cruzadas - seu último trabalho na emissora.


Eduardo Lafon, que era Superintendente Artístico da Record, escalou Attílio no lugar de Odilon Coutinho pra comandar o Ratinho Livre e dalí em diante a Globo passou a sofrer no horário nobre. Todo o público da novela das 8 'Por Amor' (quando esta era esticada e terminava prá lá das 22 hrs) migrava em peso pro roedor da Record. E no dia 05 de março de 1998, a Record teve uma audiencia tão distante da Globo que nem a 1a edição de A Fazenda e ODM conseguiram tal feito. O programa, com muita seriedade e responsabilidade, apresentava denúncias e pautas investigativas( como a de uma mulher que teve os olhos furados e orelhas cortados pelo marido ).


Com essa matéria a Record, que já tava na casa dos 30 pts, subiu pra 36 de pico deixando a Globo com tímidos 10 pts( Som Brasil ) e o SBT com míseros 05 com o programa da Marcia Goldschmidt. O Ratinho Livre, ja sendo um grande sucesso, geralmente era exibido até quase meia-noite e era um trator que deixavam os outros canais comendo poeira. Silvio Santos leva Ratinho pro SBT mas Attílio opta pela Record, dirige o Leão Livre que ora passava o roedor do SBT, ora perdia mas Ratinho tinha mais carisma e apelo popular que Gilberto Barros. Depois que Leão Livre foi dirigido por Edson Fernandes o programa perdeu forças e saiu do ar. Attílio comanda o Quarta Total - um programa de gincana com famosos - que deixava a Record na liderança e depois disso.....


Attílio Riccó assume o núcleo de novelas do canal que passa a exibir suas próprias produções e depois de Vidas Cruzadas, a Record e seu experiente diretor não chegam a um acordo e também indignado com a crescente onda de violencia por aqui, Attílio parte para Portugal onde dirige grandes sucessos como: Morangos com Açucar, Floribella e Rebelde Way. Attílio disse que deseja voltar ao Brasil e talvez até já esteja em negociações avançadas com algum canal daqui e com certeza ele ouviu o clamor da nossa TV que está precisando de uma redescoberta.

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