Cecília Meireles e seu legado
“Aprendi com as primaveras
a deixar-me cortar e a voltar
sempre inteira.”
Cecília Meireles
Cecília Meireles é um dos grandes nomes da literatura brasileira. Com mais de 50 obras publicadas foi umas das vozes femininas de grande expressão no cenário acadêmico sendo a primeira mulher a ser premiada pela Academia Brasileira de Letras. Chegou a ser homenageada pelo Banco Central, em 1989, com sua efígie na cédula de cem cruzados novos.
Nasceu em 07 de novembro de 1901 na cidade do Rio de Janeiro, era órfã de pai e mãe e foi criada pela avó desde os três anos de idade. Casou-se e ficou viúva duas vezes, deixou três filhas.
Foi poetisa, professora, jornalista e pintora brasileira. Fundou a primeira biblioteca infantil em 1934 no Rio de Janeiro e publicou diversos artigos referentes aos problemas educacionais no país.
Viajou para vários países fazendo conferências sobre literatura, educação e folclore, chegando inclusive lecionar na Universidade do Texas em 1940.
Estreou na literatura aos 18 anos com o livro "Espectros". Grande parte de suas obras expressam estados de ânimo, predominando os sentimentos de perda amorosa e solidão. A poetisa reflete em sua obra variações entre temas: sonhos, fantasia, solidão, padecimento e tempo. Este último se faz presente em muito de seus poemas, enfatizando a transitoriedade das coisas.
Alguns de seus poemas inclusive foram musicados, como “Canteiros” e “Motivo” conhecidos na voz de Fagner, cantor cearense.
Seu legado é ríquissimo, entre suas obras mais marcantes estão o livro “Viagem” publicado em 1939 que lhe deu o prêmio de poesia da Academia Brasileira de Letras e o livro "Romanceiro da Inconfidência", publicado em 1953, o qual é considerado sua obra-prima e trata do episódio da Inconfidência Mineira.
Cecília Benevides de Carvalho Meireles faleceu em 09 de novembro de 1964, vítima de câncer. Mas continua viva através da sua obra que atravessa gerações e marcou a literatura brasileira.
Canteiros
Poema Motivo
Perdoa-me, folha seca, não posso cuidar de ti. Vim para amar neste mundo, e até do amor me perdi. De que serviu tecer flores pelas areias do chão se havia gente dormindo sobre o próprio coração?
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