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Comunicação

Perspectiva - Um raio X da TV aberta

PARTE 1 - ESTÁ TUDO FORA DE LUGAR NO SHOW QUE ELES INVENTAM

Final de semana qualquer nos anos 80 e a familia brasileira na frente da TV e da janela de uma casa alguém acha que um temporal está se formando. Era somente uma chuva mas nada além disso e todos continuavam a assistir seus programas prediletos especialmente os de auditório tais como: Cassino do Chacrinha, Clube do Bolinha, Programa Raul Gil entre outros, que foram vitrines para artistas em começo de carreira e destacando os já consagrados. Tinha também o Programa Silvio Santos que entretinha o público de casa com o emocionante Porta da Esperança e o divertido Domingo no Parque e ainda o Gugu com seu Viva a Noite no SBT.


Anos 90 e o público de casa acomodado em sua poltrona e bem servido com o Programa Silvio Santos e as pegadinhas do Ivo Holanda com excelentes índices no ibope e Raul Gil brilhando com seu programa na saudosa Manchete e na Record. Na Band a Silvia Poppovic trazia assuntos importantes a serem discutidos nas tardes da TV e aos domingos Gugu Liberato e Fausto Silva brigam pelo telespectador e começa a batalha pela audiencia e fora dos estúdios alguem avista um temporal quase prestes a cair.

Chegamos nos anos 2000 e a febre dos realities invadem a TV como No Limite, BBB, Simple Life, Ídolos, A Fazenda já os programas de auditório apostam em quadros interessantes como 'As Aparências Enganam' apresentado por Márcio Garcia e 'Ciência Em Show' com Eliana só que do lado de fora ouve-se uma forte tempestade com ventos fortes e trovões que se aproxima e ao passar deixa tudo fora de lugar e ainda bem que foi só isso. E vamos ver o resultado disso: Realities desgastados, programas de auditório com apresentadores insossos e com pautas nada atraentes além de um toque de futilidade que só afugenta a principal platéia que é o telespectador que fica sem saída ao zapear os canais e aí é só tédio e mais tédio.

E agora como fica? O jornalismo evoluiu e deixou de ser engessado e que luz há no fim do túnel pra salvar o entretenimento da TV aberta? Ao acessar o principal site dos bastidores e noticias da TV, me deparo com uma outra tempestade e sua luz brilha de noite daí segui os rastros( leia-se comentários ) desse Tempestade que já foi destacando o maior apresentador da TV brasileira. Realmente Silvio Santos dá sentido aos programas de auditório, ele é de fato um animador! A platéia foi feita pro apresentador e não pro telespectador e Silvio interage com ela perfeitamente e o nobre comentarista do TV Foco ressaltou o legado de Senor Abravanel em programas de auditório.


Outra característica de um bom apresentador é ser verdadeiro com o telespectador. Flávio Cavacanti falava com o púbico e que este sentia sua verdade. Ao lado de Silvio Santos, Ratinho também transmite essa sinceridade quando fala com o pessoal de casa. Destaque tambem para aquele 'que faria estrago na Globo' se a Record o segurasse - Márcio Garcia, que é bem natural e diferente de alguns por aí que transbordam de encenação e artificialidade no comando do palco. Outro acerto do Tempestade Noturna é com relação a uma nova forma de se fazer programa de auditório onde o apresentador fica na externa, seja ao vivo ou gravado, Gugu foi mestre nisso e impunha derrotas consecutivas à Globo; daí me lembrei que em 2007 O Show do Tom exibiu uma edição ao ar livre onde o telespectador virou platéia e o resultado foi uma audiência enorme que venceu Fausto Silva em pleno Domingão.


Um programa de auditório precisa do conjunto da obra pra dar muito certo:

Direção(experiente) e Produção(competente/ágil) que aponta pro apresentador(centro) e o resultado é um espetáculo da natureza como um eclipse lunar onde tudo está muito bem alinhado e ninguém querendo aparecer mais que o outro. Infelizmente há programas que não alcançam essa perfeição tais como: Domingão do Faustão que tem boa direção e produção mas o apresentador... já o programa Silvio Santos é o inverso disso. Os outros nem vou comentar né Sabrina, Mion, Celso, Eliana......


Tem que acabar com essa coisa de qualquer pessoa do meio artístico ser apresentador só porque os pseudo diretores assim querem . Me indigna nomes como Silvia Poppovic, Gilberto Barros, Regina Volpato e Adriane Galisteu estarem fora da telinha e perdendo espaço pra atores de novela e humoristas. Quanto a safra de realities musicas, de confinamento e alguns game show por aí, já deu o que tinha de dar e com relação ao nobre Tempestade Noturna - que venha em forma de coluna e pare em algum site ou blog e traga de volta, através de seus comentários, o que de bom a outra tempestade levou.

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