top of page
Douglas Nascimento

Sociedade em Foco | conheça o Marxismo Cultural e entenda como ele se "infiltrou" em nossa


Gramisci foi um dos principais idealizadores do marxismo cultural

Olá, leitores do Recreio. Sejam bem-vindos a mais uma edição do Sociedade em Foco. Hoje, como prometido, iremos falar sobre o marxismo cultural, e também descobrir como essa "ideologia" se infiltrou em nossa sociedade. Isso, sem você perceber, e muito menos desconfiar. Para entendermos melhor sobre o assunto, teremos que falar antes sobre o marxismo clássico. Com certeza, em algum momento de sua vida, você já ouviu falar de um homem chamado Karl Marx.


Com o avanço do capitalismo (ainda na época não totalmente estruturado), Marx argumentou que esse era um sistema tirânico e explorador por natureza, e que necessitava ser destruído. O marxismo falava que a sociedade ideal seria aquela sem classes, onde todos trabalhavam para todos, e todos repartiriam as riquezas de forma igualitária, e ninguém seria patrão de ninguém. Segundo a visão de Marx, a classe trabalhadora de todo o mundo perceberia que estava sendo explorada drasticamente pela classe empresária, e então se rebelaria contra eles, se apossando de suas propriedades privadas, implantando uma "ditadura do proletariado" através dessa luta de classes antes mencionada.


O que Marx mal imaginou ao fazer sua teoria foi que o sistema capitalista foi ficando cada vez mais forte e estruturado em nações ocidentais como os Estados Unidos, por exemplo. A tão sonhada luta de classes não aconteceu, e a classe trabalhadora não aderiu a seus ideais. Na Europa, a Russia foi um raro exemplo de país que aderiu às ideias marxistas, mas não da forma clássica idealizada por ele, e sim de uma forma ditatorial que não resultou em nada parecido a uma sociedade igualitária, o que já está mais que provado que se trata de utopia. O paraíso na Terra prometido pelo marxismo estava cada vez mais derrubado.


Alguns intelectuais marxistas não entenderam, no entanto, como um ideal tão "bonito" como o de Marx teria dado errado. Foi esse o pontapé inicial para o marxismo cultural. Esses intelectuais passaram a concluir que a revolução seria possível, só que não aconteceria até que alguns valores da sociedade ocidental fossem destruídos.


Como já estou cansado de dizer em minhas discussões, a nossa sociedade é formada com base em três pilares fundamentais: a filosofia grega, a "política" romana e a moral judaico-cristã. Este último pilar foi o foco principal dos marxistas. Eles entenderam que a moral judaico-cristã tinha colocado nas pessoas do ocidente valores como o "individualismo, a diligência pessoal, a monogamia, a propriedade privada, o patriotismo, a crença no Deus Criador", entre outros. Enquanto tais valores estivessem presentes na sociedade, os trabalhadores não adeririam às ideias de Marx, e não iniciariam a luta de classes a fim de atingir o pontapé inicial para enfim chegarem a uma sociedade perfeita. Ao invés de uma revolução armada, o Ocidente precisaria de uma revolução cultural.


A revolução cultural, no entanto, aconteceria de maneira diferente. Ela precisaria acontecer lentamente para que se concretizasse. Imagine um dos adeptos de tal teoria atacando diretamente a fé cristã e os valores morais ocidentais? Obviamente não seria aceito, e seria combatido, assim como aconteceu com a tentativa de implantação da ditadura do proletariado defendida por Marx. Tal revolução não aconteceria pra a então geração atual, e sim para as futuras gerações. Destruir a moral de alguém que já foi moralmente educado é quase impossível, mas aplicar isso a uma criança, desde o início de sua formação, é bem mais fácil. Por esse motivo que somente agora estamos sentindo os "efeitos colaterais" do marxismo cultural, nós fomos as crianças influenciadas por ele.



Foto: Karl Marx, o pai do marxismo


Como então destruir a civilização ocidental? Se no marxismo clássico, o ideal que se desejava alcançar era o da "luta de classes", o marxismo cultural visa a luta entre "opressores" e "oprimidos" no geral. Argumentam que a sociedade e a moral cristã é por si só opressora, onde determinados grupos de indivíduos são beneficiados em relação a outros, e que os "opressores" têm uma espécie de dívida social para com os oprimidos, que necessitam ser acolhidos e beneficiados pelas leis para, só dessa forma, serem aceitos, na sociedade. Essa não passa de uma desculpa para que ganhem força e apoio de tais grupos.


Os marxistas atuam em praticamente todas as áreas da nossa sociedade. Porém, uma delas é de maior importância: a família. Todos sabemos que a família é a base de sustentação para toda e qualquer sociedade, e destruí-la é destruir toda essa cultura. A família é a base para a propriedade privada (odiada pelos comunistas e marxistas). Ora, uma família obviamente reproduz, e se há reprodução, os pais deixam suas heranças para os filhos, ou seja, a propriedade privada continua a existir. A família também é quem transmite de geração pra geração esses valores mencionados acima.


Um dos alvos principais para se conseguir uma revolução são as mulheres. Mulheres são facilmente mais abertas a apelos emotivos. O discurso “politicamente correto” e de solidariedade com os oprimidos é bastante bonito e atraente. Esse alvo foi facilmente conquistado com o movimento feminista. Para esse movimento, homens são por natureza opressores, machistas, e as mulheres devem ser protegidas dos homens (não mais protegidas pelos homens, como acontecia até então). Percebam que a luta de grupos começa a se concretizar.


Outro alvo são os negros. Por terem sido escravizados no passado, eles merecem uma atenção maior da “sociedade racista”, e até hoje são oprimidos pelos brancos, que têm uma dívida histórica com esses cidadãos. Óbvio que os negros foram escravizados no passado, mas da mesma forma, os negros já escravizaram, e da mesma forma, brancos também já foram escravizados. Será que todos os cidadãos alemães têm uma dívida histórica para com os judeus por causa dos atos praticados por Hitler e seus seguidores no passado? Meio óbvio que não.


Atualmente, os homossexuais são um dos maiores alvos, uma das maneiras mais fáceis de se conseguir desestabilizar uma sociedade. Calmem, por gays serem gays, eles por si só não desestabilizam uma sociedade. O que desestabiliza é o incentivo ao homossexualismo. Percebam que um modelo de sociedade onde a prática homossexual é livremente incentivada fere aquele princípio básico de família tradicional, que sempre fez parte da cultura ocidental.


Percebam que nessa do “politicamente correto”, sempre existem os opressores e oprimidos. O que é classificado no primeiro grupo, se não concordar com o que é pregado pelo Estado ou tiver opiniões diferentes a respeito do segundo, ganha sempre um apelido carinhoso como “machista”, “racista”, “homofobico” ou, pasmem, até “fascista”.


O incentivo dos marxistas não é somente ao homossexualismo, mas a praticamente tudo o que destrói os valores familiares guardados por ano pela nossa sociedade. A liberação sexual exagerada é um dos focos. Antes, sonhar em ter uma família estruturada, casar, ser fiel, ter filhos e viver com o cônjuge até que a morte os separassem, era o sonho de qualquer um, pois éramos ensinados a isso. Hoje, é algo visto como retrógrado. O casamento em si virou algo retrógrado (desde que não seja o casamento de dois homossexuais). O casamento foi banalizado. Casar-se virou apenas uma espécie de contrato que eu posso quebrá-lo por qualquer besteira. Antes, era vergonhoso se casar já tendo praticado relações sexuais, hoje é vergonhoso o oposto, pois o casamento não é mais algo valorizado.


Imagem: Família é o principal alvo do marxismo cultural


Outras formas de acabar com a família são os incentivos a práticas como o aborto, incentivo ao incesto e, pasmem, até o incentivo e a "aceitação" da pedofilia. Estamos caminhando para isso, já não são tão raros os movimentos que pregam a liberação do "amor" entre uma criança e um adulto. Afinal, segundo eles, toda forma de amor é válida. A liberação de drogas também é bastante promovida por esses grupos. Se antes se falava apenas da liberação da maconha, hoje já vemos pessoas defendendo a liberação de todas as drogas. É algo gradual, a medida em que a sociedade vai aceitando determinadas coisas, se vai avançando ao incentivo de novas que sequer seriam levadas a sério pelas gerações anteriores.


Com o marxismo cultural, o culto ao Deus do cristianismo/judaísmo teria que ser eliminado. O Estado é quem dita as regras, e não a Bíblia. Um exemplo básico atual: os pais sempre ensinaram valores morais a seus filhos, os pais sempre decidiam em que momento os filhos teriam acesso a determinado tipo de conteúdo (sexual, principalmente). Hoje, o Estado que se assume como dono da razão e moral absoluta, e dita o que seu filho pode e o que não pode ver. Menos um ponto para a família.


Este vídeo, explica bem como acontece todo o processo.


Podemos então perguntar como o marxismo cultural se infiltrou em nossa sociedade. Como os adeptos a essa visão conseguiram chegar ao poder e dissimular suas ideias a nossos cidadãos, e destruir um conceito moral que já estava bem enraizado em nossas mentes? Vamos responder essa pergunta usando como exemplo o Brasil. Como sabemos, nosso país preservou por séculos a moral judaico-cristã, repassada pela Igreja Católica Apostólica Romana e, claro, pelos pais aos filhos. Durante esses séculos, se teve uma visão sólida do conceito de família, do conceito do que é "correto" e do que é "errado". Como então destruir estes conceitos? Da maneira como pregaram os novos marxistas.


Como sabemos, a partir de 1964 nosso país foi governado por militares. O Brasil estava prestes a se tornar uma nação comunista a exemplo de Cuba, e a população foi às ruas pedindo ao Congresso medidas mais drásticas para combater os comunistas. O Congresso, então, elegeu um militar como presidente do país. Durante os governos militares (que cometeu seus erros, claro), a esquerda não desistiu de tomar o poder, e partiu para o terrorismo. Grupos como de Maringuela, e da atual presidente da república Dilma Roussef, foram responsáveis por vários atentados a fim de desestabilizar o governo e tomar o poder. Como sabemos, não conseguiram desta forma, já que foram impedidos, com medidas severas tomadas pelos governantes. Muito provavelmente a história que você já ouviu sobre o Regime Militar foi outra.


Se você quiser saber mais sobre como a esquerda agiu naquele período, você pode assistir o vídeo abaixo, que conta detalhadamente todo o processo desde a situação do Brasil pré e durante o governo dos militares.




Já que a luta armada não deu certo no combate aos conservadores, a esquerda ainda não desistiu. A exemplo do que aconteceu em outros países do mundo, o foco agora era a cultura. Para quem não sabe, a fim de acabar com a luta armada, os militares cederam as universidades para a esquerda. Aí que entra aquele processo de doutrinação mencionado anteriormente. Hoje, toda e qualquer universidade de nosso país defende ideais de esquerda, e foi através delas que conseguiram passar a nossos filhos ideias como a do "politicamente correto" e os demais objetivos do marxismo cultural. Mesmo estando presentes nas universidades, os militares só faziam censura no que dizia respeito a luta armada, ditadura do proletariado, e praticamente ignoraram o plano cultural dos comunistas. Em decorrência disso, hoje vivemos o ápice desta ideologia.


Como já mencionei anteriormente, os marxistas culturais entendem que é mais fácil doutrinar quem vai fazer parte da nova geração (as crianças), e não os adultos. Professores foram doutrinados a repassar esses "valores" às crianças, que hoje são adultas.


Mas o campo escolar não foi o único alvo da esquerda. Eles sempre estiveram infiltrados em jornais, na literatura e, principalmente, na televisão. As telenovelas brasileiras foram essenciais para que a estratégia de doutrinação dos marxistas desse certo no Brasil. Um dos maiores autores do Brasil, Dias Gomes contou em certa entrevista como era fácil fazer com que a população passasse a aceitar determinado tema polêmico. Isso, utilizando as telenovelas. Em uma delas, por exemplo, ele retratou a imagem da moça sofredora, que passou todo o folhetim nas mãos do marido cruel mas, no fim, chegava-se a uma conclusão: no Brasil não existia divórcio, e sim desquite. Meses depois, o divórcio estava aceito no Brasil.


Da mesma forma ainda acontece hoje. Temas como o incesto já começam a ser discutidos em telenovelas. Vou ser crucificado ao mencionar “Sete Vidas”, que tentou abordar de maneira “romântica” como pode existir o amor entre dois irmãos. E o telespectador, claro, não percebe. De qualquer forma, quando se parte para o radicalismo, a população brasileira ainda rejeita certos temas, como o beijo gay, por exemplo. Em “Torre de Babel”, duas lésbicas tiveram que ser explodidas devido à má aceitação do público da época.


Roque Santeiro, para quem não sabe, não passou pelos censores do Regime Militar. Isso por um descuido do autor, que entregou de mãos beijadas qual era seu objetivo com a novela: atingir o público católico da época. A história de um padre tradicional, e de um da Teologia da Libertação, que foi um movimento de esquerda da Igreja iniciado na América Latina rejeitado pelo então Papa da época, João Paulo II. Com a teologia da Libertação, os esquerdistas conseguiram adentrar em mais um campo forte da sociedade: a Igreja.


Para conhecer mais sobre a infiltração do marxismo cultural no Brasil, e ouvir detalhadamente essas histórias mencionadas acima, sugiro o vídeo do Padre Paulo Ricardo que, mesmo trazendo certa abordagem católica, explica bem como aconteceu todo o processo.




Você pode, como muitos fazem, insinuar que toda essa sexualização do ocidente, o "politicamente correto", o estímulo a práticas que desestabilizam a família e ridicularizam o cristianismo são apenas frutos de uma população que evoluiu e passou a ter a "mente aberta". Será que esta "reflexão" por parte da sociedade, em séculos da existência de nossa civilização, veio acontecer no exato momento em que a esquerda passou a adotar o marxismo cultural por pura coincidência? É um forte argumento para fazer você refletir.


Em um próximo momento, você verá o estrago que tal ideologia pode causar em uma sociedade, e poderá ver fortes argumentos históricos que comprovam que o que está acontecendo no Ocidente não é uma evolução, e sim um declínio. Em termos de cultura, já não há praticamente mais o que cair.


Abaixo, uma pequena paródia bem divertida da música A Banda, de Chico Buarque (esquerdista de carteirinha), que fala sobre a doutrinação ideológica que a esquerda faz em nossas escolas.




"Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo!" Isaías 5: 20


Como já devem ter percebido, por conta de ocupações pessoais, estou temporariamente afastado. Em decorrência disso, infelizmente, a assiduidade da coluna também ficou comprometida. Espero que entendam e até a próxima!

Post's recentes

Prezamos pela liberdade de todos opinarem. Para isso, o bom senso em trocar ideias sempre é importante ao interargirmos aqui! Não ficaremos felizes se tivermos que bloquear alguém que não entenda isso.

bottom of page