Relações Duvidosas - Capítulo 15
Redenção
Bruce foge do delegado Olaf, mas quer levar o dinheiro consigo. Então volta a pressionar Pandora; Leo e Magnus não entendem o motivo desse pedido.
- Vamos, por que não me responde? O serviço que fiz não foi de graça, temos um acordo. Passe logo a senha da conta onde está depositado o prêmio do reality, pegarei minha parte.
- Não vou entregar o dinheiro de meu filho, já disse que resolveríamos isso fora daqui.
- Mas por que ele está te cobrando este dinheiro, mãe?
Pandora fica sem graça com a pergunta e não sabe o que dizer, Bruce toma a frente e responde por ela:
- Eu era o assassino oculto, fui contratado por Pandora para lhe favorecer neste jogo. Ela disse que ganharia dez milhões de dólares se você fosse o vencedor. Então para investir em sua carreira em Hollywood, Pandora precisaria de apenas cinco milhões e os outros cinco milhões restantes pagariam meu serviço e eu sumiria do Brasil.
- É verdade, prometi dar à ela metade do prêmio caso vencesse, porém não sabia desse outro acordo para manipular a disputa ao meu favor.
A revelação faz os três se olharem e baixarem a guarda, Bruce puxa Pandora ao seu lado e volta a cobrá-la, pois Olaf pode achá-lo a qualquer momento.
- Passe logo a senha da conta, caso contrário irei matá-la.
Magnus e Leo sacam suas armas, Bruce usa Pandora como escudo humano e não se sente intimidado:
- Acham que conseguirão me impôr medo? Matei um policial e escapei de um delegado, vocês não são nada.
Leo ao ver sua mãe em perigo, pela primeira vez, perde o controle e parte para cima de Bruce; toma um tiro na testa como resposta.
Ver Leo ser baleado causa fúria em Pandora, que morde o braço de Bruce e se joga no chão; Magnus reage friamente e com um tiro na mão do piloto, faz ele derrubar o revólver.
Os barulhos da conversa e disparos fazem Olaf encontrar Bruce e acertá-lo na nuca. Pandora garante a morte do inimigo, pegando a própria arma de Bruce que havia caído no chão e atirando a queima roupa no capixaba.
Matt, Danny e Superboy seguem caçando Asgard e acham o corpo de Ricardo no caminho.
- Tenho quase certeza que isso foi trabalho de meu irmão, ele está por perto.
- Olhe o rastro de sangue ali!
Asgard ouve os comentários e tenta correr, mas continua mancando mesmo com as ervas que roubou de Ricardo e passou na perna.
- Acho que precisava de mais tempo para recuperar, desse jeito vou se pêgo.
- Claramente alguém esteve aqui e não se afastou muito.
Os três avistam Asgard que já parecia esperá-los.
- Parece que o jogo acabou dessa vez, vamos me mate.
- Não, você pagará na cadeia por tudo que fez, matá-lo agora seria livrar você do sofrimento.
Superboy algema Asgard. Ouve-se um ruído de passos na mata, todos ficam atentos. Douglas é quem aparece.
- Prenderam o temido Asgard?
- Sim, agora iremos sair aqui e ele passará um bom tempo atrás das grades novamente.
- Minha intuição de detetive diz que ele tem algum aliado, seria bom interrogá-lo aqui porque posso usar de métodos que a lei não permite.
- Então irei com você, Douglas protega a Danny e procurem a saída, encontraremos vocês depois.
Superboy e Matt retornam à casa abandonada com Asgard.
- Vai interrogá-lo aqui?
- Vou, vigie ele que irei pegar uma coisa para a tortura começar.
Matt faz perguntas a Asgard que abaixa a cabeça e ri.
- Não adianta fazer esse jogo novamente, você irá dizer tudo que sabe.
- Você devia prestar atenção em quem confia.
Superboy pega um galho grosso de árvore que funciona como um porrete de madeira e golpeia Matt por trás, fazendo-o desmaiar.
Matt acorda já amarrado e com a casa cheia de dinâmite.
- Superboy por que fez isso?
- Sou o filho de Brasília que Asgard representou em Survive In The Forest. Você nunca se preocupou com os filhos, então me aliei ao seu irmão e fui ganhando sua confiança como detetive. Ia tirar a empresa de você de qualquer jeito, mas sua ideia de fazer esse reality foi uma oportunidade perfeita.
- Ambição só destrói a família e amizades, acha que Asgard aceitará dividir a empresa com você?
- Ele foi o primeiro que se importou comigo, quando sequer o conhecia.
- Cuidado Superboy!
Asgard pega o mesmo galho grosso que Superboy usou e golpeia seu sobrinho. O frio assassino amarra também Superboy e coloca-o do lado de Matt.
- Olha que bonito! Pai e filho juntos vão enterrar nos restos de seus corpos e desta casa a fatídica história dos Matt para o começo de uma nova era, a era Asgard!
- Você não sairá daqui vivo, comemore apenas minha morte.
- Adeus irmão, cuidarei muito bem da sua empresa, começando por trocar aquele nome ridículo.
Asgard se afasta da casa. Superboy desperta, Matt fala com ele:
- Parece que teremos o mesmo destino, fomos dois ingênuos.
- É tudo culpa minha, sou um péssimo detetive, deixei ele me ludibriar.
- Asgard não se dará bem também, agora apenas feche os olhos.
Asgard vai andando para trás, Rosa que só observava, sai da moita e o surpreende com um golpe da ponta afiada da flecha que os índios haviam atirado (quando João Luiz foi morto) no braço dele.
- Você de novo?
- Sim e dessa vez não fui inocente, você está fadado a morte.
Asgard ri:
- Um ferimento no braço vai me levar a morte?
- Não foi um ferimento qualquer e sim na artéria braquial, sem atendimento médico ou kit de pronto socorro, você perderá todo seu sangue em alguns minutos. É um quadro de hemorragia, acho que não sabia que sou professora de biologia, olhe seu braço.
Asgard vê que o ferimento é grave e o quadro dele se agrava pelo sangue que perdeu na perna.
- Já cumpri minha missão principal, matar Matt.
As bombas que haviam sido acesas por Asgard explodem, a casa vai abaixo.
- O mal não compensa, viveu a vida inteira com inveja e morrerá lentamente. É o que merece!
- Rosa me surpreendeu, conseguiu matar Asgard, mas ainda não está tudo acabado.
Qual o destino de cada personagem?
Amanhã tem o décimo sexto e último capítulo de Relações Duvidosas, intitulado "O embate final" com os desfechos da série!