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Douglas Nascimento

Sociedade em Foco | Aborto: o genocídio "bonitinho"


Com o crescente número de casos de microcefalia em nosso país, voltou à tona um assunto que já foi muito discutido em nosso convívio social: o aborto. Os defensores de tal prática argumentam que quem é contra o “direito” “da” mulher realizar o aborto ou é machista, ou fundamentalista religioso.


Porém, o que os progressistas, feministas e outros grupos de esquerda não percebem é que ser contra o aborto, não necessariamente é fruto de um pensamento religioso – pelo menos diretamente. É possível argumentar contra esta prática perfeitamente sem utilizar argumentos religiosos, mesmo que os conceitos morais que fazem o argumento possam ter vindo da religião.


Nosso amigo Jack, recentemente, já debateu este tema conosco. Porém, como sou do time do quanto mais informação, mais útil, refutarei abaixo três dos argumentos mais utilizados pelos defensores do aborto. E isso, como já dei a entender, sem a utilização de argumentos religiosos.


“Eu não sou a favor do aborto, mas sou a favor do direito da mulher de abortar”


Existem duas situações em que esse argumento pode ser inserido, e uma prática extrema como o aborto não é uma dessas situações.


Eu não sou fã de tatuagens. Hoje, não passa pela minha cabeça a ideia de cravar em meu corpo algo que muito provavelmente ficará lá até que meu corpo se decomponha. Porém, quem quiser fazer tatuagem tem todo o direito de assim proceder. Uma pessoa muito tatuada, mesmo que possa me causar sensações incômodas como gastura, não está me atingindo diretamente. Nem a mim, nem a ninguém.


Com o aborto é diferente. O aborto, podemos comparar com o assassinato. Ficaria aceitável a frase: “Eu sou contra o assassinato, mas a favor do direito do ser humano de tirar a vida de seu próximo”? Óbvio e evidente que não. Diferente da tatuagem, o assassinato está atingindo diretamente a liberdade individual de outro indivíduo, assim como o aborto. A mulher tem direito sobre seu corpo para fazer uma tatuagem, mas não tem direito sobre um ser que não tem chances de defesa.


“Meu corpo, minhas regras”


Apenas complementando o ponto anterior. Essa é uma das frases mais utilizadas pelo movimento feminista. Não me conformo em ter que explicar mil vezes que esta frase não se aplica ao aborto. Vamos fazer uso da nossa Constituição para clarear um pouco o assunto. Ela é clara ao falar que os direitos do ser humano são pelo Estado assegurados desde a concepção. Ou seja, a mulher tem direito sobre seu corpo, mas não sobre o corpo do feto. E, mesmo se tivesse, a palavra do pai também teria que ser ouvida, já que o feto em questão também carrega seu material genético.


“No Brasil, só as ricas abortam e saem ilesas”


Pela lógica deste argumento, se um crime já é cometido por parte da população, e por outra não, o correto seria deixar que todos o praticassem. O correto não seria punir severamente a parcela que já cometem o crime, para que dessa forma menos pessoas passem a o fazer? Ainda, baseado nessa lógica, podemos fazer uma outra comparação. Se em nosso país a classe política quando rouba é dificilmente punida, a lógica seria passar a puni-la, ou liberar o roubo para o restante da população?


É com esse tipo de argumento que fazem apologia ao crime do aborto na nossa sociedade. Felizmente, nossa população ainda não foi contaminada por esse pensamento frio, que almeja legalizar um genocídio de crianças inocentes. Crianças que não têm a mínima chance de dizer um simples: “Me deixe nascer”.


"O aborto é a pena de morte para quem não cometeu crime nenhum..."


Obrigado pela presença, e até a próxima!

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