Quando a causa é maior que tudo
Hoje encerraremos nossa análise sobre os princípios da esquerda com o último deles: o princípio da causa maior que tudo.
Imagine um terrorista islâmico que comete as atrocidades que já conhecemos. Tudo o que ele faz é motivado por uma causa. Embora ele saiba que o que está fazendo é horrível, ele crê que está perdoado e que a sua intenção - que é combater os “infiéis”, tal como ensina o Corão – justifica todos os seus atos.
Com a esquerda, o pensamento é o mesmo, com a diferença de que esquerdistas não saem por aí matando aqueles que deles discordam (ao menos em um regime democrático). No caso deles, especificamente, o que se perde é a honra – o compromisso com a verdade. Os esquerdistas mais ortodoxos têm em mente que o seu fim justifica todos os seus meios. Eles mentem, se necessário for, eles roubam, eles intimidam, censuram... enfim, fazem tudo o que for necessário pela sua causa.
Este princípio também explica o porquê de os políticos roubarem tanto dinheiro público sem se envergonharem disso. Para os políticos, seu partido está sempre no topo. Eles não agem como representantes de seus eleitores, a quem deveriam priorizar – eles, na verdade, priorizam apenas o partido. Por isso, ao desviarem dinheiro, sua consciência não pesa, porque no fundo a sua mentalidade é a de que eles estão contribuindo para a causa do partido ao enriquecê-lo, o que – ao menos para eles – os exime de qualquer culpa. Tudo o que roubam não é para seu usufruto pessoal, mas sim para os cofres do partido. Por isso, no Brasil, a quantidade de dinheiro desviado para as contas pessoais de um político está sempre acima do que eles realmente precisariam para as suas regalias.
Este é um exemplo de como, na prática, age uma pessoa para quem a causa justifica todos os atos. Mas há outros exemplos.
Movimento LGBT
Esquerdistas costumam inventar inúmeras situações para justificar aquilo que defendem. Peguemos o exemplo do movimento LGBT. Eles, absolutamente, não querem a igualdade. Eles querem, através da vitimização, impor à sociedade um sentimento de culpa ao convencê-la de que é homofóbica.
Afinal, o Brasil é um país homofóbico? Um país cujo povo recebe com festa a maior celebração da causa homossexual em todo ano (Parada Gay), é um país de homofóbicos? E um personagem como o Félix, faria o sucesso que fez em um país de homofóbicos? Mas você pode dizer: “Em Babilônia houve o boicote”. Mas o que motivou o boicote não foi a homossexualidade em si, presente na novela, mas sim um beijo entre duas idosas, na figura de quem costumamos enxergar nossas avós. Foi radical demais para um país conservador.
Definitivamente, o Brasil é sim um país tolerante com relação aos homossexuais, ainda que a maioria da população, cristã e conservadora, não concorde com a homossexualidade. E aqui entra um ponto fundamental: discordar não é ser homofóbico. Claro, há sempre o preconceito na figura dos termos pejorativos que as pessoas usam para designar gays, mas cite o exemplo de alguém, em toda a sociedade, que não passe por isso? Brasileiros, por natureza, fazem piada com tudo. Vejam os anões, que estão ativamente presentes em vários programas de humor no Brasil e são feitos de piada. E se eles se revoltarem amanhã e lançarem uma campanha contra a nanofobia? E os “nerds” que são zoados na escola? E os que estão acima do peso? E os magros? E os vesgos? E os carecas? E os que tem o nariz, boca ou orelha grandes? E os que usam óculos? E os “emos”? E se todos, na sociedade, que sofrem com termos pejorativos, forem incluídos em uma classe que se queixa de sofrer com a opressão e se vitimiza a cada dia? Do ponto de vista politicamente correto da esquerda, há, na sociedade, várias “fobias”; então por que apenas a homofobia é criminalizada? Isto não é um privilégio? Aqueles que lutam por leis especiais para seu grupo estão realmente lutando por igualdade?
O fato é que o movimento LGBT, vitimista como é, tenta convencer o país inteiro de que somos horríveis e homofóbicos, como se o Brasil fosse um regime teocrático islâmico, que não tolera nem a existência de homossexuais e os assassinam. Sabemos que não somos assim, mas eles querem nos convencer do contrário, porque, convencendo-nos disso, eles têm respaldo para a aprovação de medidas que os privilegiam. Temos aqui, portanto, uma causa: convencer a todos de que o país é homofóbico. Como a causa é maior que tudo, a verdade não importa, se ela não for conveniente e útil à causa. Por isso o movimento LGBT, quando quer provar que a homofobia existe, divulga estatísticas completamente opostas à verdade. Na prática, os gays que são agredidos em circunstâncias que não envolvem a homofobia, como a agressão entre os próprios gays ou a agressão proveniente de um assalto, constam em peso nas estatísticas de agressão que o movimento usa para provar que existe a homofobia. Não é incoerência da parte deles, é uma consentida desonestidade intelectual. É jogar a verdade no lixo.
Há limites?
O exemplo do movimento LGBT não é o único. Quando a esquerda usa, por exemplo, estatísticas da maioria negra presente na população carcerária para dizer que somos racistas – como se todo negro fosse preso por ser negro, e não em circunstâncias de um crime cometido – eles estão, da mesma forma, jogando a verdade no lixo. Feministas também entram nesta lista de exemplos assim como também entram os defensores de que os terroristas islâmicos não representam a essência do Islã – ignorando o fato de que o Corão ensina que judeus e cristão são infiéis que devem ser combatidos.
Em toda a esquerda há, de uma forma ou outra, seja na prática ou no discurso, uma deturpação ou negação da verdade em prol da causa esquerdista. Mas será que o disparate cometido pelos esquerdistas restringe-se apenas ao campo da mentira?
Alguém que está disposto a fazer de tudo pela sua causa tem limites? Até onde essas pessoas iriam pela sua utopia? Vejam o que ocorreu na China de Mao; na União Soviética de Stalin; em Cuba, sob o regime de Fidel. Veja quanto sangue foi derramado em prol de uma causa. Muitos podem achar que isso é passado e que, pelo fato de vivermos em uma era em que impera a razão e a legislação forte, as pessoas tenham uma maior sensatez ao lutar por uma causa. No entanto, quando falamos em esquerdistas, o assunto é realmente sério. Para exemplificar o que digo, encerro com um vídeo que fala por si só. O final é chocante e mostra que esquerdistas são capazes de tudo por sua causa. O homem no vídeo não é nenhum militante lunático, é um professor da UFRJ, um “intelectual”. Vejam: