O Articulador 11º Episódio - Conflitos em tempos de Ditadura.
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No dia seguinte, Danilo, Douglas, João e Teteu estavam a caminho da rádio para prestar os devidos esclarecimentos. Estavam quase chegando até que uma viatura da policia os cercam.
[Policial] Parem agora. Todos vocês serão encaminhados a delegacia.
[Douglas] Mas por quê isso seu guarda? O que fizemos?
[Danilo] Não pode fazer isso!
[Policial] Tanto posso como eu vou fazer.
[Teteu] Mas não fizemos nada de errado, seu guarda! Tenha dó da gente…
Estavam na época da Ditadura. A liberdade de expressão era limitada, quase nula. Pra que aquela prisão fosse concretizada, alguém a mando estava por trás.
Enquanto tentavam negociar a liberação com o guarda, Douglas, Teteu e Danilo, juntamente com o guarda, não repararam a saída repentina de João que se acuou atrás da viatura e, assim, correndo pra o outro lado da rua, onde se escondeu dentro de um estabelecimento comercial.
Mas não teve jeito, os três foram colocados na viatura. O policial estranhou a falta: [Policial] Esperem… Vocês estavam em quantos?
Foi naquele momento em que os três outros perceberam a ausência de João e sem perderem tempo percebendo a manobra do amigo, disfarçaram.
[Teteu] Nós? Em três mesmo, oshi! Acho que o senhor está cansando….
[Douglas] Sim, e deve ser de tanto trabalhar!
[Danilo] O senhor precisa descansar mais e esquecer mais o trabalho, hein!
Disse os três, complementando um ao outro na tentativa de acobertar o amigo fugitivo.
[Policial] Acho que vocês tem razão… Mas vamos, vamos logo! Não podemos ficar papeando muito aqui. Entrem na viatura.
Enquanto isso, na Pensão
Ao anoitecer no jardim da pensão de Dona Cora, Cristina Rosa e Santos conversavam.
[Santos] Tenho algo importante a dizer, mas primeiro gostaria de devolver algo. Tira uma caixinha do bolso e entrega.
[Cristina Rosa] Ao abrir a caixinha, fica surpresa, o broche que perdeu na fuga do Baile de Máscara estava ali, diante dos seus olhos.
[Cristina Rosa] - Não é possível! Onde encontrou?
[Santos] Então, naquela noite eu recolhi do chão quando correu. Estou ao seu dispor, princesa!
[Cristina Rosa] Então você é o misterioso fantasiado de palhaço que conheci na festa?
[Santos] Sou eu mesmo, ia contar aquela noite, mas Magnus apareceu. Além deste broche, trouxe outra coisa!
Santos entrega uma aliança a Cristina Rosa.
Santos também contou toda a verdade sobre o verdadeiro motivo de estar na cidade, assim como fez com Dona Cora. Havia muita confiança entre eles.
O que eles não sabiam é que estavam sendo observados por Magnus.
Hospital
No outro dia no Hospital, Cristina Rosa cuidava do seu pai, o prefeito Kaíque Palhares, que estava se recuperando dos ferimentos e logo teria alta.
Mas tinha algo estranho… Ao verificar os quartos dos outros pacientes, nota que havia outro médico cuidando daquela ala, Dr. Guilherme havia assumido os pacientes do Dr. Alegria.
Cebolinha não parava de reclamar e não queria tomar os medicamentos. O dia estava muito agitado e pesado.
Na pensão, Magnus procura por Cristina Rosa.
[Magnus] Você parece muito triste hoje. Desculpe não dar assistência ao seu pai, são ossos do ofício, mas saiba que pode contar comigo para o que precisar, afinal você sempre me tratou bem desde que cheguei nesta cidade.
[Rosa] Acho que é impressão sua, estou ótima, kákáká!
[Magnus] Acho que sei por que está assim, mas não vale a pena, você merece coisa melhor. Ele esconde algo de você, talvez não seja o que pensamos… Acho que o conheço de outro lugar... Além disso o vi agora a pouco conversando com a Marina, filha do Jack.
[Rosa] O que está insinuando? Desculpe Magnus, gosto muito de você, mas não pode acusar alguém que não está aqui para se defender, não quero ouvir mais nada sobre este assunto.
[Magnus] Sou seu amigo, só quis ajudar.
A conversa tomou proporções preocupantes.
As insinuações estavam cada vez mais assustadoras.
Na cadeia, onde estavam os meninos
[Douglas] Delegado, nos ajude! Nós fomos presos!
[Danilo] E não temos culpa nenhuma, senhor delegado.
[Teteu] Estão cometendo uma injustiça contra a gente, senhor!
A euforia era tanta, que o delegado mal pode falar
[Delegado Mateus] Meninos, se acalmem! Todos falando juntos ninguém vai entender nada! Aliás, ninguém está entendendo quase nada mesmo. Inclusive eu, que só recebi um documento da prefeitura que ordenava a prisão de vocês.
Inconformados, falaram juntos em alto e bom som: Mas não fizemos nada, delegado!
[Delegado Mateus] Me desculpem gente. Não posso fazer nada. São ordens. E… Cadê o João Luiz, colega de vocês?
Um olhou para o outro, sem reação alguma.
[Teteu] Não sabemos!
[Delegado Mateus] Como assim não sabem? Ele sempre está com vocês!
[Douglas] Ele sumiu, delegado. Não sabemos!
De fato, os três não sabiam o paradeiro do João.
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