Memórias da TV - Quem está filmando? (1ª Edição)
Alô amigo do site Recreio... mais um Memórias da TV saindo no forno... hoje estaremos começando uma nova seção, "Quem está filmando?", que está demandando e irá demandar muita pesquisa por parte deste colunista. Esse novo espaço promete, pois muitos telespectadores tem essa curiosidade por equipamentos e câmeras de TV, e pouquíssimos sites nacionais detalham essas informações, pois desde sempre fomos apenas importando e utilizando alta tecnologia (enquanto que exportamos apenas café, cana de açúcar, soja... os chamados bens primários )!
Desde pequeno, este colunista sempre curtiu as imagens de arquivo das emissoras, e o Vale a Pena Ver de Novo reprisava ocasionalmente novelas bem mais antigas na época (A Gata Comeu, Roque Santeiro, A Viagem) e notava que havia uma diferença enorme nas imagens, mesmo tudo sendo na época filmado em SD.
Dali em diante, surgiu a curiosidade: Quais câmeras as emissoras utilizaram ao longo desses anos? Muita gente em 2016 é fascinada pela tecnologia HD e reparam em cada detalhe das câmeras atuais. Este nosso amigo curioso foi desvendar o passado para relembrar e compartilhar com vocês a evolução da qualidade da imagem da TV Brasileira.
O pesquisador em questão é leigo no assunto técnico, aliás se algum de vocês foi ou é câmera-man se manifeste agora, pode ser até de festa de aniversário (risos). O objetivo é apenas compararmos as imagens entre uma época e outra e deixar uma reflexão: "A qualidade do conteúdo evoluiu ou regrediu em relação à evolução técnica?"
Para princípio da conversa, basicamente as câmeras à cores tiveram três gerações:
Geração 1: Câmeras que utilizavam tubos para converter em imagens a cena na qual estava sendo gravada; esses equipamentos tinham como característica marcante a extrema sensibilidade à luz refletida. Esse tipo de equipamento surgiu junto com a TV colorida nos anos 1960 e foi muito popular até o fim da década de 1980. Todas as vezes em que as câmeras desse tipo filmavam e se movimentavam numa luz direta, deixavam rastros conforme a direção. No vídeo abaixo (de um trecho do Cassino do Chacrinha apresentado pelo João Kleber (!!)) aparece um exemplo claro disso! (Na foto acima, um modelo de tubos utilizados nas câmeras antigas)
Geração 2: Os tubos foram substituídos por sensores com chips, chamados de CCD's. Além da melhora de qualidade, a sensibilidade à luz foi eliminada, pondo fim aos rastros de luz descritos anteriormente! As câmeras com CCD's surgiram na virada dos anos 80 para os 90, porém aqui no Brasil só começariam a ser utilizados entre 1994 e 1995. (Logo abaixo, foto de um sensor de CCD)
Geração 3: As atuais câmeras de HDTV, surgidas lá fora em 1999, só chegariam ao Brasil em 2007. Houve uma melhora total, embora em muitos lares brasileiros a qualidade da imagem que chega seja ainda de uma câmera SD!
As principais fabricantes das câmeras para televisão são as japonesas Sony, Ikegami, e até a década de 1980 tinha a RCA. Porém, a Ikegami é a empresa que sempre dominou a preferência das emissoras de televisão mundo afora (Rede Globo que o diga), é uma empresa que produz exclusivamente câmeras para TV, por isso poucas pessoas fora do meio conhecem essa marca.
Ao longo das próximas semanas, aos poucos, vamos detalhar quais foram as câmeras utilizadas pela Globo, SBT e Record (fase IURD). Tudo isso, mais uma vez falando, numa visão apenas para comparar imagens de diferentes épocas, quem for câmera-man de festa de casamento poderá ajudar e muito nos comentários. O
Memórias da TV segue com o Tiro Ao Alvo!
Tiro ao Alvo
A reestreia dessa seção (no outro blog se chamava Olhar Crítico) vai abordar dois assuntos:
A Estreia de Os Dez Mandamentos - Segunda Temporada: Essa primeira semana de novela considerei positiva, embora com alguns poucos defeitos herdados da temporada anterior, mas promete ser mais um grande sucesso da Record. Esse ano para bater à Globo está muito mais difícil, mas se a novela bíblica se consolidar acima dos 15 pontos é motivo de muita comemoração para emissora dos Bispos, muito "amada" por sinal!
Homenagem ao Carlos Alberto de Nóbrega no Tá no Ar: Ótima iniciativa da Globo em se aproximar mais do SBT. Além do Carlos Alberto, da Praça e do SBT, o Tá no Ar fez uma homenagem maior do que isso. Ao interpretar a inesquecível Velha Surda, Marcius Melhen certamente fez com que Roni Rios, num outro plano, se divertisse com a excelente imitação da Velha!
Chegamos ao fim de mais um Memórias da TV! Terça-feira que vem (18/04) estamos de volta!
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