Sociedade em Foco | "Não 'posso' opinar"

Tirando as reviravoltas do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, o que mais repercutiu nesse início de semana foi a declaração da apresentadora Patrícia Abravanel, uma das filhas de Silvio Santos.

Ao ser questionada pelo pai sobre duas mulheres manterem relações sexuais, Patrícia falou que, apesar de respeitar quem o pratica, não acha o homossexualismo uma prática normal. Minutos depois, o nome da apresentadora já era um dos mais comentados do Twitter.

E a repercussão não foi nada positiva. A filha de Silvio Santos foi xingada dos piores adjetivos que você possa imaginar. E tudo isso, acredite, pelo fato de que neste país uma simples opinião virou crime.

Exemplos não faltam. O movimento LGBT insiste em colocar a classe homossexual como intocável, incriticável... O termo “ditadura gay”, por mais radical que possa parecer, está fazendo cada vez mais sentido, e o caso de Patrícia foi só mais um.

Se alguém ousar discordar da prática homossexual, ou pelo menos não considerá-la normal – como foi o caso de Patrícia – já é taxado como homofóbico, intolerante, e até fascista, o mais preferido adjetivo da esquerda para se referir a seus opositores.

E sabe o que mais me surpreende nisso tudo? Essas mesmas pessoas que não aceitam uma simples opinião são as mesmas que “lutam” contra o preconceito, a intolerância.

Mas o que seria tolerância senão a capacidade de suportar, respeitar conviver com práticas e opiniões que não concordamos?

Um dos direitos básicos de um ser humano é a possibilidade de expressar livremente sua opinião. E esse direito não pode ser violado, por mais absurdo que a opinião em questão possa parecer segundo nossa ótica.

"Posso não concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo"