Você acredita em Astrologia?
Enquanto parte da humanidade é viciada em signos e horóscopos, a outra parte jura que não acredita que a posição dos astros pode interferir na sua vida.
A astrologia é um campo de conhecimento controverso, e há argumentos a favor e contra a validade de seu estudo. A ciência questiona que ela funcione. Uma vez que alguns astrólogos afirmam ser capazes de fazer previsões sobre o futuro, deve ser possível elaborar um método para medir a precisão destas previsões.
Mas o que é Astrologia?
Astrologia é um instrumento que permite observar as relações entre as posições dos planetas no céu e os acontecimentos aqui na Terra. O astrólogo utiliza o mapa astral, que considera a data, o mês, o ano, a hora e o local do nascimento de uma pessoa, ideia ou empresa, para tentar compreender a sua natureza através das posições celestiais. Podemos dizer que a Astrologia é uma linguagem e o astrólogo é um intérprete.
A Astrologia se fundamenta em um paradigma que afirma que todas as coisas que existem no Universo estão inter-relacionadas. Se todas as coisas estão conectadas entre si, a posição dos planetas num determinado momento de nascimento falará sobre essa vida, revelando seu propósito, seus talentos, suas motivações.
Ao falar de astrologia, geralmente as pessoas entendem logo por horóscopo. O horóscopo é um mapa que reflete as posições exatas dos planetas do zodíaco em um determinado momento. A partir dele, podem ser feitos diversos tipos de análises simbólicas, que fornecem informações sobre a personalidade de uma pessoa, acontecimentos e tendências. De origem grega, significa "ver a hora" ou "espelho da hora".
As mais diversas civilizações consultavam horóscopos e cada uma delas construiu os seus próprios, de acordo com as particularidades de suas crenças. São eles:
Horóscopo Ocidental - é composto por 12 signos que representam as características dos elementos da natureza: Fogo (Áries, Leão e Sagitário), Terra (Touro, Virgem e Capricórnio), Ar (Gêmeos, Libra e Aquário) e Água (Câncer, Escorpião e Peixes).
Horóscopo Asteca - é baseado nas posições do Sol e da Lua. Possui 20 signos que são representados por animais, vegetais e símbolos sagrados. São eles: Cipactli (crocodilo), Ehecatl (vento), Calli (casa), Cuetzpallin (lagarto), Coatl (serpente), Miquiztli (morte), Mazatl (veado), Tochtli (coelho), Atl (água), Itzcuintli (cão), Ozomahtli (macaco), Malinalli (corda), Acatl (cana), Ocelotl (jaguar), Cuauhtli (águia), Cozcacuauhtli (abutre), Ollin (terremoto), Tecpatl (faca), Quiahuitl (chuva) e Xochitl (flor).
Horóscopo Egípcio - é baseado no calendário egípcio e composto por 12 signos. Cada um deles corresponde a um mês do ano regido por um deus específico. São eles: Rá (o deus Sol), Neit (a deusa da Caça), Maat, (a deusa da Verdade), Osíris (a deus da Renovação), Hathor (deusa do Amor e da Adivinhação), Anúbis (o guardião dos Mortos), Bastet (a deusa Gata), Tuéris (a deusa da Fertilidade), Sekemet (a deusa Leoa), Ptah (o criador Universal), Toth (o inventor da Escrita) e Ísis (a mãe Cósmica).
Horóscopo Chinês - É baseado no calendário lunar chinês e composto por 12 signos representados por animais e equivalentes a cada um dos meses do ano. São eles: Rato, Boi, Tigre, Coelho, Dragão, Serpente, Cavalo, Carneiro, Galo, Cão e Porco.
Não importa se você é mais supersticioso ou cético, não negue que aceitaria de bom grado se lhe dessem o poder de prever o futuro. Visualizar o que o destino nos reserva é uma antiga obsessão humana. E não é à toa que tanta gente lê o horóscopo quase todo dia (veja o fenômeno Susan Miller, a astróloga mais acessada do planeta) ou recorre a cartomantes, quiromantes e afins.
A despeito de esses métodos funcionarem ou não, buscamos encaixar suas previsões em eventos posteriores da nossa vida, especialmente se elas forem pouco claras. É uma forma de construir padrões, já que permite conectar pontos entre a configuração dos astros e eventos do dia a dia, ignorando as informações que não batem. “Por trás da tentativa de conhecer o futuro há uma angústia frente ao desconhecido, de modo que saber o destino amortece esse sofrimento e nos dá a impressão de estarmos mais no comando da situação”, explica o psicólogo Wellington Zangari, da USP.