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  • Douglas Nascimento

Sociedade em Foco | O que fazer com a TV Brasil?


A TV Brasil, TV estatal de propriedade do Governo Federal, voltou a ser assunto nos últimos meses. De acordo com nota divulgada pelo jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo, desde que foi fundado, o canal já custou aos cofres públicos um prejuízo de aproximadamente R$ 6 bilhões.


Todo esse dinheiro, por incrível que pareça, foi utilizado para manter no ar um canal que registra pouco mais que 0 ponto de audiência na medição feita pelo Kantar IBOPE. Para se ter uma ideia, a audiência da TV Brasil não chega nem perto da de canais abertos considerados pequenos, como RedeTV! e TV Cultura.


Ao assistir o canal e se deparar com uma quantidade imensa de desenhos reprisados e filmes estrangeiros de baixa qualidade, podemos nos perguntar para onde realmente está indo todo esse dinheiro. Uma coisa é certa: os apresentadores da TV Brasil ganham salários dignos de estrelas globais. Isso aparecendo no vídeo uma vez por semana.


Se não bastasse isso, a TV Brasil é geralmente utilizada como cabo-eleitoral do governo em exercício. Antes do Senado Federal aceitar o impeachment da presidente Dilma Rousseff, o processo não era raramente tratado como "golpe" pelos jornalistas. Isso em uma TV estatal que, tecnicamente, deveria ser uma espécie de propriedade da população.


Neste sábado (11), uma nova nota sobre a emissora veio à público. O Presidente interino da República, Michel Temer, estaria planejando extinguir toda a EBC - Empresa Brasil de Comunicação. Entre as propriedades da organização, está a TV Brasil, que foi considerada como "traço" até pela presidente afastada.


Certo que, como qualquer empresa, a TV Brasil gera milhares de empregos. O que não podemos negar que é um tremendo desperdício manter um canal nessas situações. Outros milhares de empregos poderiam ser gerados com investimentos em outras áreas, isso sem precisar manter no ar a custo de ouro uma TV cujo sinal mal chega na casa dos brasileiros.


Indiretamente, o próprio Michel Temer já fez uso da empresa para benefício próprio. Ao dificultar a exibição de uma entrevista com a presidente Dilma, o presidente interino fez praticamente o mesmo que foi feito pelo canal no passado, quando foi cortado trecho de uma entrevista do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na reprise do Roda Viva, programa da Cultura.


Atitudes como essas são totalmente dispensáveis em um canal que deveria defender os interesses da população brasileira no geral, não de partidos políticos que procuram se perpetuar no poder.


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